segunda-feira, 14 de maio de 2012

C A M A V E R D E


Eu só queria pousar meus olhos
Na cama verde do meu sertão
Fazer das matas meu travesseiro
Da lua cheia meu lampião
O céu azul meu cobertor
Da brisa mansa minha rede
Sobre a folhagem da natureza
Adormecer numa cama verde
A cama verde é meu sertão
Sertão que cheira cheiro de chão
Eu só queria deitar meu sonho
Na mão da noite me entregar
Dormir na sombra de seus rochedos
E no seu colo me espreguiçar
Mãe e mulher tão desejada
Vem depressa me buscar
Risonha aurora manda de longe
A estrela Dalva me despertar
Eu só queria pedir ao vento
Os meus cabelos acariciar
E os longos braços de seus caminhos
Todo meu corpo entrelaçar
Fazer de estrelas um acolchoado
E de flores meu lençol
Na cama verde ser visitado
Pelos primeiros raios de sol

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Senhor dá-me serenidade para aceitar tudo aquilo que não pode e não deve ser mudado. Dá-me força para mudar tudo o que pode e deve ser mudado. Mas, acima de tudo, dá-me sabedoria para distinguir uma coisa da outra."